Vício em pornografia? E se o problema não for o pornô?

💡 Mais Leve Do Que Nunca - Edição #022

 Super dica: Enquanto você lê esta edição, que tal ouvir uma versão remix de"Erotica", da queen madonna , na playlist do Mais Leve Do Que Nunca no Spotify?

(🔗Ouça agora no Spotify!)

É o Brazino, o jogo da galera!

Eu sei que você já ouviu esse jingle. Um verdadeiro clássico para quem recorre ao X-Videos em busca de um momento solo de alegria e alívio rápido. Tô errado?

Hoje, temos acesso a qualquer tipo de conteúdo de "amor intenso" de forma fácil e imediata.

Mas vale lembrar que, até poucos anos atrás, acessar um filme pornô não era tão simples assim. Era um desafio — e dos grandes — que só os homens mais corajosos topavam bancar.

Eles — os filmes em VHS — ficavam expostos numa prateleira escondida, sempre no fim de um corredor proibido.

Um espaço silencioso e instigante no fundo da locadora.

Era aquele constrangimento clássico: esperar o movimento nos corredores diminuir, seguir discretamente até o tal corredor “proibido”, escolher um entre as poucas opções disponíveis, e depois levar até o caixa, disfarçando entre outros títulos qualquer.

Tudo isso enquanto tentava desviar dos olhares julgadores das pessoas na fila atrás de você.

Os filmes gays? Eram raridades. Você encontrava três, no máximo cinco.

Mesmo assim, optava-se pelos filmes héteros — pra “vergonha” ser um pouco menor. Outra opção era tentar a sorte na banca de jornal.

Lembro bem da criança viada que fui, espiando de baixo aquelas revistas expostas lá no alto, dentro de um plástico, com uma tarja preta escondendo parte da capa...

O suficiente pra deixar tudo ainda mais excitante.

Eu, menor de 18 anos, não podia acessar nada daquilo.

E talvez fosse justamente isso que fazia aquele corredor da locadora parecer um portal mágico. Meus olhos tentavam “filmar” alguma coisa, de rabo de olho mesmo.

Minha diversão, por um bom tempo, se resumia a ver os encartes de cueca das Lojas Americanas.

Mas com o tempo, fui ficando mais ousado.

Não lembro exatamente como consegui, mas já escondia umas fitas VHS no fundo do armário. Esperava meus pais dormir pra assistir de madrugada, com o volume quase no zero.

Tudo isso pra lembrar que assistir vídeos pornôs pela internet é algo muito recente.

E talvez esse acesso facilitado, que alimenta o boom da indústria pornográfica, à explosão de produtores independentes usando o sexo como fonte de renda, e ao surgimento dos apps de pegação, tenha moldado uma nova forma de lidar com o desejo, o corpo e o prazer.

Nada disso é de graça.

Esses comportamentos revelam o quanto a sexualidade e o desejo continuam moldando nossa sociedade, nossas relações e a forma como nos vemos no espelho.

Esta edição do Mais Leve do Que Nunca é um alerta.

Um convite para explorarmos uma questão tão desconfortável quanto urgente: o vício em pornografia.

Tentar entender como o consumo constante de pornografia impacta a saúde mental do homem gay — esse efeito silencioso sobre a autoestima, a autoconfiança, o desejo e as relações sexuais.

Queremos falar sobre o corpo, sobre as expectativas, sobre a solidão disfarçada de prazer.

E sobre como tudo isso se enrosca num cenário em que o desejo virou mercadoria e o sexo, uma performance.

Por que é fácil se viciar em pornografia?

Top 10 sites mais acessados do Brasil.

Você ficaria bastante surpreso com a enxurrada de mensagens que recebi depois da publicação de uma das edições dedicadas a falar sobre o Grindr e os aplicativos de sexo — desabafos sinceros e pedidos de ajuda vindos de pessoas dizendo-se viciadas nos apps e em pornografia.

📖 Recomendação de leitura:

Ansiedade, solidão e baixa autoestima: o lado sombrio do Grindr foi um dos meus textos mais lidos na internet é inteiramente dedicado a esse tema.

🔗 Para ler, clique aqui.

Foi pensando nessas pessoas — e na necessidade de olharmos para esse assunto espinhoso, o vício em pornografia — que nasceu a urgência deste texto.

Uma questão que mistura, ao mesmo tempo, satisfação com sofrimento.

Talvez uma boa porta de entrada para explorarmos esse tema seja tentar entender o que há no sexo e na pornografia que os tornam tão intrigantes, sedutores e envolventes, a ponto de extrapolarem os limites do prazer e se tornarem algo viciante, compulsivo.

Que, em vez de ser uma prática de conexão e liberdade, acaba virando uma kriptonita: que drena sua energia, abala sua autoconfiança e fragmenta sua autoestima.

Aquilo que deveria ser libertador, torna-se prisão.

Não vai ser difícil encontrar argumentos que associam o vício à produção de dopamina no cérebro — a tal molécula do prazer imediato.

Mas eu penso que a questão é bem mais complexa do que apenas jogar tudo na conta da dopamina, que, aliás, tem sido transformada em celebridade com o boom da neurociência nas redes sociais.

O que é que a pornografia tem que vicia tanto? Essa pergunta vale ouro.

Porque não basta dizer: “seu cérebro está viciado em dopamina”.

A primeira provocação precisa ir além:

O que é que tem na pornografia que gruda tanto na gente, a ponto de virar compulsão?

E aí a gente entra no terreno do desejo, da fantasia, do prazer e da repetição.

 Gratificação imediata – A pornografia oferece prazer instantâneo, sem esforço emocional. Diferente do sexo real, não exige sedução, vínculo, negociação ou vulnerabilidade. Basta dar o play. É um atalho para o gozo.

✅ Estímulo infinito – A lógica da pornografia online é a mesma dos feeds das redes sociais: sempre há um vídeo novo, uma cena mais ousada, um corpo mais desejável, uma categoria mais extrema.

✅ Ausência de frustração – O sexo real envolve frustração, insegurança, imprevisibilidade. A pornografia elimina o risco de “não dar certo”. Por isso, ela pode se tornar uma zona segura contra o fracasso do encontro real.

✅ Projeção de desejos reprimidos – Na pornografia, você é o diretor da sua fantasia. Escolhe o enredo, o tipo físico, o ato sexual, o tempo da relação. De alguma forma você faz viver os sesu desejos mais intimos, alguns obscuros, proíbidos, longe dos muros da repressão.

Muita gente consome pornografia para acessar desejos que não consegue sustentar na vida longe das telas. Ela permite uma transgressão sem culpa — ou, pelo menos, com menos culpa. E quanto mais reprimido o desejo, maior o risco de se tornar compulsivo.

✅ Corpo-mercadoria – A pornografia opera com a lógica do “corpo disponível” — corpos lindos, super dotados, sempre prontos, sempre performáticos, sempre em estado de tesão. Isso vicia porque ressoa com a fantasia de que o desejo precisa estar sempre aceso e pronto para o uso.

Vamos falar mais sobre isso…

A pergunta que ninguém faz sobre pornografia (mas deveria)

Obra PORNO. Arte e sexo - Organizada por Casasur Art Lab & Gallery.

Mas, para avançarmos ainda mais, talvez seja preciso dar um passo desconfortável — e até um pouco angustiante: tentar entender essa questão de um outro ponto de vista.

O que é que a pornografia tem que vicia tanto?  Ok!

Mas... e se a gente inverter a pergunta?

Subverter a ordem. Virar o jogo. Deixar mais claro o que costuma ficar camuflado:

O que é que tem na gente que faz a gente se grudar na pornografia?

É esse tipo de virada que você não encontra em qualquer vídeo no Instagram ou TikTok. Essa pergunta é o que separa os homens dos meninos.

Agora as coisas começam a se complicar pro seu lado.

Saímos do campo óbvio, onde moram as críticas fáceis e as opiniões rápidas e prontas sobre a pornografia, para mergulhar em outro terreno — bem mais escorregadio: o da gente mesmo.

Porque, em vez de perguntar “o que é que a pornografia tem que vicia tanto?”, talvez a pergunta mais honesta — e mais transformadora — seja:

“O que é que tem em mim que faz com que eu me agarre tanto à pornografia?”

Essa mudança de perspectiva é uma bomba. E explode ilusões.

A pornografia deixa de ser o vilão da história e passa a ser um sintoma, um espelho, um esconderijo — algo que revela muito mais do que esconde.

Aqui a gente deixa de falar sobre pornografia e começa a falar através dela.

Afinal, o que é que buscamos ali?

  • Uma fantasia que nos liberte ou que nos anestesie?

  • Corpos perfeitos que nos excitam ou que nos lembram o quanto não nos sentimos desejáveis?

  • Sexo sem vínculo porque o contato real assusta?

  • Gozo instantâneo porque lidar com a frustração é insuportável?

E é por isso que, mais uma vez, se faz importante — sempre que você se perceber desenvolvendo um vício, seja pela pornografia ou por qualquer outro objeto — parar e se perguntar com coragem:

 “O que é que eu estou buscando ali?”

Essa pergunta não tem resposta fácil.
Mas ela é o início de qualquer possibilidade de elaboração.

É nesse ponto que a pornografia deixa de ser apenas um conteúdo na tela e se transforma numa linguagem do inconsciente — que fala de solidão, de carência, de narcisismo, de vergonha, de desejo mal elaborado, de experiências afetivas interrompidas.

Não se trata de condenar o consumo.

Se trata de conhecer a função que ele ocupa na nossa economia psíquica.

Porque, às vezes, gozar é só o disfarce elegante de um pedido de socorro.

O que o vício está fazendo com a sua vida sem você perceber?

Se até aqui eu me dediquei a mostrar o que nos leva ao vício e o que há na pornografia que “vicia”, agora é hora de ligar os pontos com os impactos reais desse consumo exagerado.

E mais: mostrar que esses impactos não são óbvios. Eles aparecem silenciosamente na autoestima, no desejo, nas relações e até na forma de estar no mundo.

🛑 Dificuldade de excitação com o sexo real

O cérebro acostuma com estímulos intensos e variados. Resultado? O sexo com outra pessoa — com suas pausas, cheiros, inseguranças e limites — pode parecer “sem graça” ou “insuficiente”. Isso se chama dessensibilização erótica.

🛑 Ereções menos potentes ou ausência de desejo no encontro real

Sim, o corpo sente. Muitos homens relatam dificuldades em manter ereção ou mesmo sentir desejo fora do contexto pornográfico. É como se o desejo tivesse ficado preso na tela.

🛑 Insatisfação com o próprio corpo

Ao consumir corpos "perfeitos", musculosos, super dotados e uma performance inumana, muitos homens gays começam a se sentir inadequados, impotentes, pequenos, feios ou pouco desejáveis. A pornografia vende um padrão inalcançável de virilidade.

🛑 Queda na autoestima e autoconfiança sexual

Se o sexo real não acontece como nas cenas que você assiste, surge a frustração: “tem algo errado comigo?”. A pornografia cria um referencial de sucesso sexual mentiroso, e o sujeito começa a se ver como falho.

🛑 Relações superficiais e medo de intimidade

A pornografia cria um modelo de prazer desvinculado de afeto. Muitos acabam reproduzindo isso na vida real: relações rápidas, performáticas, sem envolvimento. O afeto começa a parecer perigoso, entediante ou até "inútil".

🛑 Isolamento afetivo

Quando a pornografia se torna uma válvula de escape para lidar com frustrações, ela substitui o contato real. A pessoa se isola, se basta com a tela, e perde o exercício de investir no outro, de se expor, de ser visto.

🛑 Culpa e vergonha

O ciclo se fecha com culpa: "de novo me masturbei por horas", "não consigo parar", "sou fraco", "sou sujo". A pornografia, que nasceu como prazer, se transforma em peso psíquico, gerando sintomas ansiosos, depressivos ou compulsivos.


🔥 Você se identificou com esse assunto e quer minha ajuda para enfretar essas dificuldades? Chame aqui.

Precisamos então demonizar a pornografia?

Demonizar a pornografia é um atalho moralista que só serve para apagar a complexidade do tema.

O problema não é a pornografia em si — é o tipo de relação que a gente estabelece com ela. É como qualquer outra coisa na vida: pode ser ponte ou prisão, depende da posição subjetiva de quem consome.

A pornografia pode funcionar como ferramenta de descoberta, fantasia, prazer e até de afirmação de identidades.

Mas ela também pode virar um refúgio compulsivo, uma anestesia emocional, um filtro distorcido da realidade e um obstáculo para o desejo encarnado, vivido, compartilhado.

Então a resposta não é “contra ou a favor” — isso é binário demais pra uma experiência que é atravessada por desejo, falta, solidão, corpo, pulsão, gozo, vergonha e fantasia.

A pergunta que vale mesmo é:

O que está em jogo quando eu consumo pornografia? O que isso está tentando calar, esconder, compensar ou substituir?

Precisamos demonizar a pornografia? Não. Definitivamente, não.

Mas também não dá pra continuar tratando ela como uma simples diversão inofensiva.

Porque quando a pornografia vira compulsão, é sinal de que algo ali está operando como anestesia, muleta ou esconderijo.

E isso não se resolve com força de vontade, detox digital ou promessas de autocontrole. Isso se resolve com elaboração psíquica.

Alguns cuidados e recomendações

Se você sente que está perdendo o controle, que não consegue parar mesmo quando quer, que a pornografia está tomando muito do seu tempo, afetando sua autoestima, sua vida sexual ou seus relacionamentos — esse já é um sinal.

Alguns caminhos que podem te ajudar:

🔥 Pare de tentar lutar sozinho. A vergonha só alimenta o ciclo. O silêncio isola.

🔥 Reduza o consumo de forma consciente. Isso já pode te ajudar a observar o que acontece quando você tenta se afastar.

🔥 Observe os gatilhos. Que sentimentos antecedem a vontade de consumir? Ansiedade? Tédio? Carência?

🔥 Busque ajuda terapêutica. Especialmente uma escuta que não vá te moralizar, mas te ajudar a entender o que está em jogo.

Ok, mas como a psicanálise pode ajudar?

A psicanálise não atua para silenciar sintomas à força, mas para escutá-los em profundidade.

Em vez de perguntar “como parar de ver pornografia?”, ela propõe uma virada mais radical:

O que a pornografia está tentando dizer sobre você que ainda não foi ouvido?

Porque, no fundo, todo comportamento compulsivo revela um ponto de repetição psíquica que exige elaboração.

Como disse Freud em Além do Princípio do Prazer (1920), “há algo que insiste em retornar, mesmo quando já não traz prazer algum” — e é isso que ele chamou de compulsão à repetição.

A pornografia, nesse sentido, pode estar a serviço de algo que vai muito além do prazer: pode ser uma forma de manter viva uma cena inconsciente, de sustentar uma ausência, de evitar um enfrentamento interno.

A análise entra aí como um espaço onde essa repetição pode ser decifrada, onde o gozo que paralisa pode se transformar em significante, e onde o sujeito é convidado a assumir responsabilidade diante do seu próprio desejo.

Em vez de reprimir ou moralizar, a psicanálise convida a escavar.

E nesse processo, a pornografia deixa de ser um problema a ser eliminado para se tornar uma chave: a chave de acesso a conteúdos profundos que pedem passagem. 

Porque, quando o desejo pode ser dito, ele não precisa mais se esconder atrás de uma tela.

Se você se identificou, talvez seja hora de conversar com alguém.
Não precisa enfrentar isso sozinho

Bom… por hoje ficamos aqui.
Até domingo que vem.

Abraços,
Filipe
#MaisLeveDoQueNunca

💡📝 Leve para sua análise (painel resumo)

Se você rolou o texto até aqui, neste painel eu reúno todas as provocações que fiz nessa edição para você anotar no seu caderno e trabalhar na sua análise.

📌 (1) O que é que tem na pornografia que gruda tanto na gente, a ponto de virar compulsão?

📌 (2) Porque, em vez de perguntar “o que é que a pornografia tem que vicia tanto?”, talvez a pergunta mais honesta — e mais transformadora — seja: O que é que tem em mim que faz com que eu me agarre tanto à pornografia?

📌 (3) Afinal, o que é que buscamos ali? Uma fantasia que nos liberte ou que nos anestesie? Corpos perfeitos que nos excitam ou que nos lembram o quanto não nos sentimos desejáveis? Sexo sem vínculo porque o contato real assusta? Gozo instantâneo porque lidar com a frustração é insuportável?

📌 (4) O que está em jogo quando eu consumo pornografia? O que isso está tentando calar, esconder, compensar ou substituir?”

📌 (5) Em vez de perguntar “como parar de ver pornografia?”, ela propõe uma virada mais radical: “o que a pornografia está tentando dizer sobre você que ainda não foi ouvido?”.

🔥 Quer a minha ajuda para trabalhar e evoluir nessas reflexões?
🔗chame aqui.

🔥 Perdeu a última edição?

💬📝Contribuições & Comentários

▶️ Pegaleve!

O Pega Leve está de volta para trazer conversas que importam!
Anote na sua agenda: temos um encontro ao vivo toda quarta-feira às 21h no Instagram

Na edição da semana passada, recebi ela! Victória Carmel (@hivictoriacarmel) que vive com HIV há 7 anos e desde então compartilha sua jornada nas suas redes socias.

Victória compartilhou com a gente sua trajetória como drag Queen e ativista, e como usa sua arte para transformar e inspirar vidas.

🔥 Atualizações da semana: o que rola na minha vida no offline

🎧 (1) Descubra a trilha sonora por trás da newsletter

O Mais Leve do Que Nunca agora tem uma trilha sonora no Spotify!
Criei uma playlist especial com as músicas que inspiram minhas escritas – e que podem trazer leveza, inspiração e companhia para os seus dias.

✨ Dica: Coloque para tocar enquanto lê a newsletter.

💡 (2) Pensamento da semana:

O caminho se faz caminhando.

🎬 (3) O que estou assistindo:

Adolescencia (Netflix)
Qual é a história? Apesar de inspirada em eventos reais, segundo os criadores, a história não foi feita com base em um caso específico. A minissérie com o drama de um garoto de 13 anos acusado de assassinar uma colega de escola, levando a família, a terapeuta e o investigador do caso a se perguntarem: o que realmente aconteceu.

⚠️ Quer saber mais sobre como funcionam as minhas sessões de terapia?

Agende a sua entrevista, clique na imagem.

Clique na imagem para agendar uma entrevista. 👇

“Uma análise é árdua e faz sofrer. Mas, quando se está desmoronando sob o peso das palavras recalcadas, das condutas obrigatórias, das aparências a serem salvas, quando a imagem que se tem de si mesmo torna-se insuportável, o remédio é esse. Pelo menos, eu o experimentei e guardo por Jacques Lacan uma gratidão infinita (…). Não mais sentir vergonha de si mesmo é a realização da liberdade (…). Isso é o que uma psicanálise bem conduzida ensina aos que lhe pedem socorro.

GePerec, Penser/classer, Paris, Hachette, 1995. Françoise Giround, Le Nouvel Observateur, N° 1610, 14-20 de setembro de 1995.

👉 Antes de ir embora, gostou dessa edição?

Deixe seu comentário e compartilhe suas experiências.
Trocas aqui são sempre bem-vindas.

#MaisLeveDoQueNunca



Reply

or to participate.