Travou na hora de falar sobre HIV? Não é de coragem que você precisa.

💡 Mais Leve Do Que Nunca - Edição #020

Um policial disfarçado no bloco Divinas Tretas

 Super dica: Enquanto você lê esta edição, que tal ouvir "Metamorfose Ambulante", canção de Raul Seixas, na playlist do Mais Leve Do Que Nunca no Spotify?

(🔗Ouça agora no Spotify!)

Ninguém precisa de coragem para falar sobre HIV

“Filipe, eu queria ter essa sua coragem para falar sobre HIV."

Se eu ganhasse R$1,00 cada vez que ouço isso, eu estaria muito rico.

Desde o dia em que decidi sair do meu “segundo armário” e falar abertamente sobre a minha sorologia — para quem quisesse e para quem não quisesse ouvir — essa é, sem dúvida, a frase que mais escuto.

Se você chegou até aqui, é porque quer saber mais sobre coragem. Ou talvez, sobre a falta dela.

Vamos tentar dar conta de explorar com profundidade essa tal virtude que parece privilégio para poucos e inalcançável para muitos.

Mas já adianto: não é coragem que você precisa para falar sobre HIV.

Talvez diferente do que você imaginou até agora, coragem não é um recurso que nos é dado. Não é uma virtude reservada a alguns seres humanos raros.

🔥 A verdade sobre coragem que ninguém te fala é que Coragem se constrói.

Ela se adquire conforme você avança na vida e enfrenta os desafios, se colocando à prova. Se colocando em movimento.

E tudo bem se você não tiver coragem para ler essa edição do Mais Leve Do Que Nunca até o final. Vá com medo mesmo. Mas insista.

Não posso te prometer que você vai terminar essa leitura mais corajoso.

Mas uma coisa eu garanto: você vai sair daqui com as ideias mais claras, mais determinado e pronto para buscar essa tal virtude para driblar os desafios da sua vida.

Impulse Rio: mais que coragem, um propósito

Se você ainda não conhecia a Impulse, agora você vai conhecer!

Já que o assunto desta semana é coragem…

Agora eu dou “start” em uma nova fase da minha vida.
Um novo desafio, como se não bastasse todos os que eu já enfrento.

E coragem é um pouco disso: se desafiar e assumir novas responsabilidades.

Vivo com HIV há 20 anos. Mais da metade desse tempo, em absoluto silêncio.

Mas, em 2017, decidi mudar minha história e abrir minha sorologia para o mundo.

Fiz isso com um propósito muito claro: usar minha vivência para ajudar outras pessoas a enfrentarem suas dores e desafios.

De lá para cá, foram oito anos dedicados, com amor e respeito, à vida humana em toda a sua complexidade.

Doei o que tinha de melhor para acolher, escutar e orientar quem me procurava. Agora, esse compromisso ganha um novo capítulo.

Com muita alegria, compartilho que fui convidado para assumir a presidência da Impulse aqui na minha cidade, o meu Rio De Janeiro.

Olha essa responsa!

Uma responsabilidade que coroa esses anos de dedicação ao bem-estar físico e mental da minha comunidade LGBT+ que vive com HIV.

Você ainda não conhece a Impluse?

A Impulse é uma ONG internacional, em colaboração com a AIDS Healthcare Foundation (AHF), formada por uma rede global de voluntários que atuam na prevenção ao HIV e na luta contra o estigma social.

Estamos presentes em mais de 20 cidades ao redor do mundo, organizando eventos, campanhas e ações para promover:

✔ A prevenção e os cuidados com HIV/ISTs
✔ O bem-estar sexual e mental
✔ O combate ao abuso de substâncias
✔ A justiça social para nossas comunidades

Deixa eu repetir: mais de 20 CIDADES AO REDOR DO MUNDO!.

Agora, começo a escrever um novo capítulo da minha história. E, mais uma vez, você pode pensar:

"Nossa, que coragem assumir uma responsabilidade dessa grandiosidade."

Então eu te digo, não sei se é realmente a coragem que me move.

Vamos falar mais sobre isso…

Meu medo paralisante de cachorro

Essa é a cara de uma pessoa que tem medo até de um cachorro que só sabe ser fofo.

Posso até parecer, no “palco da minha vida”, um homem corajoso.

Mas, nos bastidores da minha vida offline, as coisas não são exatamente assim.

Certa noite, indo encontrar alguns amigos para treinar calistenia no calçadão da praia de Botafogo, fui atacado por três cachorros.

O resultado? Feridas nas pernas, injeções de anti rábica e antitetânica, e um medo apavorante de cachorros — de qualquer tipo, raça ou tamanho.

Esse “eu corajoso” que você imaginou tem um medo paralisante de cachorros e uma alergia mortal a gatos.

E, claro, outros medos também me acompanham.

Mas o que importa aqui é lembrar você de que somos assim: somos fortes e frágeis ao mesmo tempo.

Como um dia escreveu Clarice Lispector “Temos medos bobos e coragens absurdas”.

Posso apostar que com você não é diferente. Você só ainda não percebeu.

A falsa ideia sobre coragem

Bowser, o boss mais difícil e também um dos inimigos mais irritantes do Mario Bros.

Quem disse que você precisa de coragem para falar sobre HIV?

Quem te convenceu de que é a coragem que falta para enfrentar os desafios que a vida insiste em colocar no seu caminho?

Muita gente acredita que coragem é um dom, algo que surge do nada.

Como se alguns fossem naturalmente corajosos e outros estivessem condenados a assistir, em silêncio, da arquibancada reservada aos inseguros.

Contemplando, com admiração — e talvez um toque de frustração — os feitos dos "bravos" corajosos.

Mas aqui vai um segredo: coragem não é algo que simplesmente se tem. Coragem se constrói. Tijolo por tijolo, até formar uma fortaleza sólida que chamamos de autoconfiança.

E aqui vai mais um: autoconfiança também se constrói.

Você já deve ter lido aquela frase motivacional: "Coragem não é a ausência de medo. É ir com medo mesmo."

A vida é como uma estrada longa e sinuosa. Curvas perigosas, subidas íngremes, descidas bruscas. O asfalto molhado, ora pelo sol escaldante, ora pela neblina densa ou por uma tempestade inesperada.

E no meio do caminho, um pedágio.

Você só avança se pagar o preço. Caso contrário, é forçado a voltar.

Os desafios da vida são esse “pedágio inevitável” que precisamos enfrentar para seguir adiante.

Se fosse um videogame, seriam os grandes chefões que precisamos derrotar ao final de cada fase, para desbloquear o próximo nível.

E eu poderia listar inúmeras vezes em que enfrentei conversas difíceis sobre HIV — mesmo tomado pelo medo da rejeição e do julgamento.

Mesmo sentindo tudo! Menos coragem.

O que realmente nos trava na hora H?

"Eu simplesmente travo e não consigo falar sobre a minha sorologia. Leio e releio matérias científicas, acompanho seus posts e os vídeos dos influenciadores para me fortalecer, para ter certeza de que, sendo indetectável, eu não transmito o HIV. Mas, mesmo assim, eu travo."

"Já me acostumei a ser sozinho. Para não precisar falar sobre minha sorologia e correr o risco de sofrer preconceito, prefiro não me relacionar. Eu até fico com alguém, mas quando vejo que a história está tomando forma, eu me afasto. Escolhi viver sozinho."

Essas são queixas recorrentes entre meus pacientes. Talvez esse também seja o seu desafio—o que te trouxe até aqui.

Se vamos falar de coragem, faz todo sentido entendermos o que nos trava.

Então, para compreender melhor essa paralisia, vamos mergulhar na visão de Freud e Lacan sobre um conceito, no mínimo, curioso—mas que pode ser a chave para destravar de vez.

Se quiser estudar comigo, para esta edição usei como base os textos:

📖 Inibição, sintoma e angústia (Freud, 1926)
📖 Seminário 10 – A Angústia (Lacan)

O que ninguém te explica sobre a angustia

Litogravura de “O Grito” de Edvar Munch.

Imagine que todos os seus esforços, conscientes e inconscientes, estão voltados para um único propósito: evitar a qualquer custo o contato com a angústia.

Essa angústia não é apenas um sintoma desconfortável ou uma ansiedade.

Ela é um sinal de algo muito mais profundo, que vem de dentro de nós e que, não conseguimos nomear ou compreender plenamente.

Segundo Freud, a angústia não surge apenas de uma ameaça real ou de um conflito interno reconhecido, mas de algo que permanece no inconsciente.

Algo que nos é incompreensível, que nos ultrapassa. Na psicanálise, a angústia não é o mesmo que o medo ou uma ansiedade cotidiana.

Ela é uma reação à percepção de que algo essencial pode estar em risco — mas o problema é que, frequentemente, o que está em jogo não tem um objeto claro.

Ela se manifesta como uma sensação difusa, sem nome, associada ao desamparo e à vulnerabilidade. Imaginemos a angústia como um abismo profundo, não necessariamente vazio, mas uma sensação de queda iminente, de estar à beira de algo que não conseguimos controlar.

Ela nos coloca em contato com o que há de mais primitivo e desconhecido em nossa psique.

Para Freud, a angústia está intimamente relacionada ao sentimento de desamparo vivido nas primeiras experiências da infância, quando o bebê, ao nascer, é repentinamente privado do amparo total que tinha no útero, enfrentando a sensação de não ser capaz de sobreviver sem o apoio do outro.

Essa sensação de desamparo primário, no entanto, não é apenas uma experiência isolada, mas um modelo de outras situações de vida em que nos sentimos ameaçados, como o medo de perder algo essencial, como o amor e a proteção.

E, de certo modo, ao lidar com o HIV, essa sensação de vulnerabilidade se reativa.

Sem perceber, falamos sobre o HIV, e, ao fazer isso, tocamos nessa ferida, que é o medo de ser rejeitado, criticado ou abandonado.

Freud sugere que a angústia é uma reação à expectativa de algo, mas esse "algo" muitas vezes é indefinido, sem forma ou objeto.

A angústia é, assim, uma sensação vaga e imprecisa, mas poderosa e pertubadora.

Ela não é um simples "medo" de algo concreto, mas o sinal de que estamos diante de algo que não podemos controlar, compreender ou mesmo nomear.

A relação entre angústia e perigo, na psicanálise, é crucial: a angústia surge como uma reação ao perigo, mas não a um perigo tangível.

Ela é uma reação ao que Freud chama de "desamparo", o trauma inicial que, ao ser reprimido, forma a base para as outras experiências de angústia ao longo da vida.

Portanto, a angústia, embora ligada ao medo de algo, é uma resposta ao conflito interno, e não a uma ameaça externa específica.

Em resumo, a angústia não é simplesmente o medo de perder algo, mas a reação a um conflito profundo, inconsciente, que se origina na sensação de desamparo vivida no início da vida e que se repete, de forma simbólica, em diversas situações desafiadoras ao longo da nossa jornada.

🔥 Quer a minha ajuda para enfretar as suas angústias? Chame aqui.

Agora que você já entende sobre angústia...

Agora que você já sabe que a angústia tem suas raízes na infância e que grande parte dos seus esforços está voltada para evitá-la, fica mais fácil entender por que, muitas vezes, simplesmente paralisamos.

Se olharmos com atenção para o Esquema da Angústia proposto por Freud, percebemos que essa paralisação não tem tanto a ver com coragem ou falta dela, mas sim com mecanismos psíquicos inconscientes.

Esquema da Angústia (1926)

Parece complicado? Mas não é.

Por hora tudo que você precisa saber é que o Esquema da Angústia é estruturado em dois eixos simples:

📍 Um eixo vertical, indicando movimento.
📍 Um eixo horizontal, indicando nível de dificuldade.

Onde esses eixos se cruzam, temos o “ponto zero”—o lugar de menor dificuldade e menor movimento.

Agora, preste atenção: onde está a inibição nesse esquema?

Exatamente nesse ponto de menor dificuldade e menor movimento.

O que isso significa?

Significa que a inibição é uma estratégia de sobrevivência. Você se protege das dificuldades da vida, mas, ao mesmo tempo, se paralisa.

Para evitar lidar com a angústia, seu sistema psíquico trava, impedindo qualquer movimento.

Resultado disso? Você fica estagnado.

E, aqui, vem o problema: a inibição está matando você lentamente.

Inibir-se significa renunciar às funções básicas do Eu, aquelas que garantem a sobrevivência.

Segundo Freud, o Eu tem três funções essenciais:

1️⃣ Auto-preservação → Comer, se proteger, evitar perigos.
2️⃣ Controle da motricidade → Se movimentar, andar, pegar objetos, fugir, lutar.
3️⃣ Regulação da sexualidade → Organizar os impulsos sexuais de forma compatível com a realidade.

A inibição interrompe tudo isso.

Freud escreve:

"Sobre as inibições, podemos dizer que são limitações das funções do Eu, por precaução ou devido ao empobrecimento de energia." (Freud, 1926)

Agora pense: a dificuldade de falar sobre HIV não é só a simples falta de coragem.

Pode ser uma forma de inibição. O Eu impondo uma restrição a si mesmo, apenas para não despertar a angústia.

Quando a inibição se torna grave?

Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Raul Seixas - Metaformose Ambulante, 1973

Se você chegou até aqui, parabéns! Porque agora as coisas ou melhoram, ou pioram… e isso vai depender apenas de você.

Todo mundo é um pouco inibido. Uns mais, outros menos.

Muitas vezes, chamamos isso de timidez ou falta de coragem. Quem nunca ouviu (ou disse) frases como:

"Ah, eu sou muito tímido."
"Eu não sou corajoso como você."

E é exatamente aqui que mora o perigo.

Quando ela- a inibição- ultrapassa os limites do estar para o ser.

📌 O que poderia ser transitório—"eu estou tímido"—passa a ser algo fixo enrijecido: "eu sou tímido".

Ela se cristaliza na sua identidade, vira um rótulo e começa a definir quem você é.

"Ele usa uma máscara, e seu rosto cresce para se ajustar a ela." 

George Orwell

Temos esse (mal) hábito em várias áreas da vida.

Pense nos signos do zodíaco:

"Sou libriano, então sou indeciso."
"Sou virginiano, então sou muito organizado."

Se você acha que com HIV é diferente, sinto-lhe dizer que está errado.

Quando uma pessoa descobre sua sorologia e assume para si o rótulo "sou soropositivo", esse rótulo pode se enrijecer em sua personalidade. A inibição ultrapassa os limites do estar para o ser.

O que deveria ser apenas um estado sorológico passa a resumir sua identidade.

E o resultado?

Sentimentos de inferioridade e desvalorização.
Culpa e perda da confiança.
Paralisia emocional, afastamento do mundo e uma vida que perde o movimento.

No fim, o que resta? Isolamento. Solidão.

🔥 Fica uma provocação: quando alguém está gripado, não diz "eu sou gripado". Quando enfrenta um tratamento contra o câncer, não diz "eu sou câncer". Por que, então, insistir em resumir sua identidade a um vírus, ignorando todos os avanços que a ciência já conquistou?

Quando a inibição se torna grave?

Sonia Braga na novela Gabriela, 1975

"Eu nasci assim, eu cresci assim
E sou mesmo assim, vou ser sempre assim, Gabriela
Sempre Gabriela"

— Gal Costa - Modinha para Gabriela, 1988

Lembra que lá no início deste bloco eu avisei que as coisas poderiam melhorar ou piorar?

Pois é. Tem mais uma coisa essencial sobre a inibição que você precisa saber.

Você já ouviu falar na “Síndrome de Gabriela”?

Ela nada mais é do que um certo "apaixonamento" pela dor.

De tanto que o sofrimento se enraizou, ele passa a fazer parte da sua identidade. Você se apega a essa narrativa e não consegue enxergar outras possibilidades, ficando aprisionado na história que conta para si mesmo.

A “Síndrome de Gabriela” é essa incapacidade de se adaptar, ressignificar e reinventar. É quando a vida exige flexibilidade, mas você insiste em dizer:

"Eu sou assim e ponto final.”

E assim, o "estar" vira "ser". Algo que poderia ser passageiro se enrijece e passa a definir quem você é.

Agora eu te pergunto:

Você está pronto para desapegar e tirar essas máscaras?

O caminho se faz caminhanado

Coragem se constrói.

"Ninguém caminha sem aprender a caminhar, sem aprender a fazer o caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho pelo qual se pôs a caminhar."

— Paulo Freire

Agora, depois de tudo que conversamos, você já sabe que sua paralisação tem mais a ver com estratégias psíquicas inconscientes para evitar a angústia do que com uma suposta falta de coragem.

Porque coragem nunca foi um privilégio de poucos.

🔥 Coragem se constrói.

Sem fórmula mágica! Sem medicação!

É você com você mesmo, se desafiando no dia a dia, se colocando em movimento, testando seus limites, aprendendo, evoluindo.

Mas, acima de tudo, atravessando a angústia ao invés de fugir dela.

A única forma de estar corajoso é enfrentando o desconforto, errando, aprendendo e se fortalecendo.

E aqui está um dos maiores benefícios que a psicanálise pode oferecer para aqueles que experimentam beber o seu sabor amargo.

Ela abre brechas.

Brechas na rigidez da sua personalidade. Brechas na história que você conta para si mesmo, que acredita como verdade inquestionável e que assim sendo, parece não ter saída.

O desafio do analista é justamente encontrar essa brecha e oferecer os recursos necessários para que você possa recontar sua própria história — uma narrativa mais forte, mais saudável e mais conectada com sua autenticidade e pluralidade.

Porque talvez não seja coragem o que está te faltando para falar sobre HIV ou para enfrentar qualquer outro desafio da vida.

A coragem podia até me faltar, mas o combustível que me trouxe até aqui — hoje, ocupando a presidência de uma ONG internacional — foi o inconformismo, a vontade de transformar o mundo e, acima de tudo, o amor que sinto por mim e pelas pessoas.

Agora eu te pergunto:

Qual vai ser o seu combustível de transformação quando a coragem lhe faltar?

Bom, por hoje, ficamos aqui.
Voltamos na semana que vem.

Até lá! Abraços.

Filipe Estevam
#PodeSerLeve #MaisLeveDoQueNunca

💡📝 Leve para sua análise (painel resumo)

Se você rolou o texto até aqui, neste painel eu reúno todas as provocações que fiz nessa edição para você anotar no seu caderno e trabalhar na sua análise.

📌 (1) Fica uma provocação: quando alguém está gripado, não diz "eu sou gripado". Quando enfrenta um tratamento contra o câncer, não diz "eu sou câncer". Por que, então, insistir em resumir sua identidade a um vírus, ignorando todos os avanços que a ciência já conquistou?

📌 (2) Agora pense: a dificuldade de falar sobre HIV não é só a simples falta de coragem. Pode ser uma forma de inibição. O Eu impondo uma restrição a si mesmo, apenas para não despertar a angústia.

📌 (3) Quando a inibição se torna grave?

📌 (4) A coragem podia até me faltar, mas o combustível que me trouxe até aqui — hoje, ocupando a presidência de uma ONG internacional — foi o inconformismo, a vontade de transformar o mundo e, acima de tudo, o amor que sinto por mim e pelas pessoas. Agora eu te pergunto: Qual vai ser o seu combustível de transformação quando a coragem lhe faltar?

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Na edição da semana passada, recebi ela! Victória Carmel (@hivictoriacarmel) que vive com HIV há 7 anos e desde então compartilha sua jornada nas suas redes socias.

Victória compartilhou com a gente sua trajetória como drag Queen e ativista, e como usa sua arte para transformar e inspirar vidas.

🔥 Atualizações da semana: o que rola na minha vida no offline

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💡 (2) Pensamento da semana:

O caminho se faz caminhando.

🎬 (3) O que estou assistindo:

Larissa: O outro Lado De Anitta (Netflix)
Qual é a história? A pop star carioca Anitta revela sua intimidade neste documentário que explora sua “identidade dupla”, as dificuldades na vida pessoal e a busca pela felicidade.

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“Uma análise é árdua e faz sofrer. Mas, quando se está desmoronando sob o peso das palavras recalcadas, das condutas obrigatórias, das aparências a serem salvas, quando a imagem que se tem de si mesmo torna-se insuportável, o remédio é esse. Pelo menos, eu o experimentei e guardo por Jacques Lacan uma gratidão infinita (…). Não mais sentir vergonha de si mesmo é a realização da liberdade (…). Isso é o que uma psicanálise bem conduzida ensina aos que lhe pedem socorro.

GePerec, Penser/classer, Paris, Hachette, 1995. Françoise Giround, Le Nouvel Observateur, N° 1610, 14-20 de setembro de 1995.

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