Alô mãe, fui preso no aeroporto.

💡 Mais Leve Do Que Nunca - Edição #029

 Super dica: Enquanto você lê esta edição, que tal ouvir "Rush”, canção de Troye Sivan (2023), na playlist do Mais Leve Do Que Nunca no Spotify?

(🔗Ouça agora no Spotify!)

Qual foi a última série que você maratonou?

De tantas delícias que a vida adulta oferece, maratonar uma série num final de semana com certeza está no ranking do meu top five de interesses. Mesmo sendo uma pessoa hiperativa, daquelas que quase não consegue ficar parada, deitar no meu sofá velho, debaixo do meu edredom, para maratonar uma série como se o mundo lá fora tivesse parado tem um sabor especial.

Os roteiristas são bons nisso: te prendem desde os primeiros segundos da trama até as cenas finais, sempre deixando no ar um novo mistério que promete ser desvendado apenas no episódio seguinte.

No momento, o meu hiperfoco está na série Aeroporto: Área Restrita.

É um documentário que se passa adivinha onde? No aeroporto. Mas, diferente de Chegadas e Partidas, programa da Astrid Fontenelle que também acontece nos corredores de Guarulhos, Área Restrita tem uma proposta bem menos romântica e muito mais investigativa.

Mostra o dia a dia de agentes da Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Basicamente, a série revela como as equipes trabalham para manter a segurança: do controle de entrada e saída de pessoas no país à fiscalização de bagagens.

E aqui está o ponto alto do documentário: a luta contra o tráfico de drogas e produtos ilegais.

Chega a ser assustador ver os esquemas “infalíveis” e estratégias que o narcotráfico inventa para fazer a cocaína viajar além das nossas fronteiras.

A fiscalização não deixa passar nada — ou quase nada.

Ficou curioso? Você pode assistir ao episódio 7 da temporada 4 (🔗aqui.)

Os pacotes de cocaína tentam passar disfarçadamente: escondidos em fundos falsos das malas, disfarçados dentro de embalagens de outros produtos e, nos casos mais graves — tão perturbadores quanto angustiantes — no estômago, ingeridos pelo próprio passageiro.

Mas eu sei que nada disso é novidade para você.

Também não é novidade que as drogas movimentam fortunas no mercado ilegal. A mesma substância que pode transformar alguém em milionário também é capaz de destruir vidas, adoecer, empobrecer e, em última instância, levar à morte.

Comercializar drogas é crime. Usá-las também. Mas isso nunca fez o consumo diminuir. Muito pelo contrário: hoje sabemos que, cada vez mais, as pessoas recorrem às substâncias.

Os impactos do uso abusivo de drogas na nossa comunidade LGBT não são nada bons. 

E é justamente aí que está a urgência desta edição: trazer esse assunto para nossas conversas sem falso moralismo, julgamentos ou discriminação — mas com acolhimento e escuta.

A edição #029 do Mais Leve do Que Nunca vai por esse caminho.

É a segunda parte de uma série de textos que acende um holofote sobre toxicomania, chemsex e os efeitos do uso abusivo de drogas na nossa comunidade.

Se você ainda não leu a primeira parte, (🔗 clique aqui).

De volta na série, os passageiros pegos e desmascarados são presos.

No momento do flagrante, o policial lê os direitos: “você pode ficar em silêncio, tem direito a um advogado e, na delegacia, pode fazer uma ligação”.

Dói no meu coração quando, em uma dessas ligações, o recém detento - com muita vergonha e talvez arrependimento - liga na sua casa e avisa:

“Alô, mãe… fui preso no aeroporto.”

50ml de whisky, 1x ao dia, por 7 dias.

Até aqui já sabemos: desde sempre, em toda a história da humanidade, o uso de entorpecentes esteve presente. Também sabemos que todo mundo, sem exceção, recorre a algum tipo de substância — seja lícita ou ilícita.

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