Mas por que uma newsletter?

💡 Mais Leve Do Que Nunca - Primeira Edição

ais Leve Do Que Nunca - Primeiro Capítulo

"Se você nasceu em um mundo onde não se encaixa, é porque você nasceu para ajudar a criar um mundo melhor."

Bem-vindos à nova era do Pode Ser Leve, mais leve do que nunca.

Chegou o momento de avançarmos juntos, uma hora decisiva que separa os homens dos meninos. Agora, você precisa fazer uma escolha: estar ou não comprometido com você mesmo.

Uma vez ouvi dizer que as pessoas se dividem em três grandes grupos:

  1. Aquelas que fazem as coisas acontecerem.

  2. Aquelas que ficam observando as coisas acontecerem.

  3. Aquelas que perguntam: "O que foi que aconteceu?"

Sem dúvidas me identifiquei logo com o primeiro grupo — o das pessoas que fazem as coisas acontecerem.

Fui uma das primeiras pessoas vivendo com HIV, a usar as redes sociais para conscientizar sobre a importância dos cuidados com a saúde mental, quando todos só se preocupavam com o bem-estar do corpo físico, antes mesmo de sabermos pelas pesquisas científicas que indetectável era igual a intransmissível (I=I).

Fui um dos primeiros psicoterapeutas, antes mesmo da pandemia, a apostar em uma agenda online, quando ainda havia muita resistência das pessoas ao atendimento virtual.

Fui também o pioneiro, após anos de experiência clínica, a criar do zero um grupo de mentoria - Mentoria em Grupo Ultraleve - para acolher e educar pessoas que, como eu, vivem com HIV.

Agora, mais uma vez, indo na contramão do senso comum. Enquanto todos voltam seus olhares para as redes sociais, eu aposto em uma nova comunidade Mais Leve Do Que Nunca. A primeira comunidade em formato de newsletter dedicada à minha comunidade LGBT+ que vive ou conhece alguém que vive com HIV.

Se o YouTube é a nova TV, a newsletter é o jornal da nova era digital.

Por que estou deixando as redes sociais para trás?

Certa vez, eu sonhei em criar um espaço seguro, livre de julgamentos, onde fosse possível acolher, reunir, conectar e conscientizar o máximo de pessoas.

Um desejo que nasce de um sonho utópico: colaborar ativamente para transformar o mundo em um lugar mais saudável, com pessoas mais saudáveis, felizes, realizadas e ainda com dinheiro no bolso.

Foi desse sonho, com muito trabalho, suor e coragem, que nasceu o Pode Ser Leve, um perfil no Instagram onde compartilho um pouco da minha vivência e conteúdos sobre autoconhecimento e estilo de vida saudável, promovendo o bem-estar físico e, principalmente, emocional de pessoas que vivem com HIV.

Até agora, tem funcionado muito bem – são mais de 20 mil vidas transformadas, salvas e impactadas positivamente todos os dias. No entanto, para mim, as redes sociais deixaram de ser um espaço saudável e divertido.

Falar sobre HIV, que antes era um ato político, revolucionário e de transformação social, agora virou um palco para as vaidades, alimentando o nosso pior: a busca incessante por aprovação e reconhecimento a qualquer preço.

As redes sociais estão adoecendo todos nós

As redes sociais deixaram de ser um ambiente saudável, e eu posso provar. Os números são alarmantes. Um estudo recente da Criadores ID, com 450 influenciadores que, em média, têm 950 mil seguidores, revelou que:

  • 22,2% sofrem de transtorno de ansiedade;

  • 6,4% têm depressão;

  • 81% se sentem pressionados a produzir novos conteúdos constantemente.

Em 2021, um estudo da ConvertKit mostrou que 63% dos criadores de conteúdo que trabalham em tempo integral sofreram burnout.

Diversos outros estudos apontam uma correlação entre o uso excessivo de redes sociais e o aumento de depressão e ansiedade, especialmente entre adolescentes e jovens adultos.

A constante comparação da própria vida com as versões idealizadas postadas por outros pode prejudicar a autoestima. Um estudo de 2020, publicado no Journal of Adolescence, indicou que essa comparação gera sentimentos de inadequação e insatisfação com a própria vida.

Além disso, a "dependência" das redes – ou o uso compulsivo – está diretamente ligada ao aumento de estresse e à diminuição do bem-estar.

Um estudo da Universidade da Pensilvânia, realizado em 2018, mostrou que reduzir o uso de redes sociais pode diminuir significativamente os sentimentos de solidão e depressão.

Tamanho não é documento

A quantidade de seguidores é uma ilusão. Muitas vezes, associamos esse número à autoridade de um influenciador ou profissional, o que pode ser extremamente perigoso. Todos os dias, vemos notícias de influenciadores envolvidos em esquemas de corrupção, estelionato e falsidade ideológica. Muitos oferecem "fórmulas ou códigos mágicos" que prometem uma vida plena, mas que, na verdade, são armadilhas que exploram a ingenuidade, a vulnerabilidade e o sofrimento da audiência.

A verdade por trás dos números é dura: a quantidade de seguidores pouco reflete a qualidade da atenção dada ao conteúdo.

Com a enxurrada de informações nas redes sociais, o mais fácil é perder a atenção do público. E, no entanto, aqui estou, longe das redes – e ainda assim consegui manter sua atenção até agora, algo que seria quase impossível em um vídeo no Instagram ou TikTok.

E o medo de perder tudo?

Agora, imagine o pavor de ter sua conta invadida por hackers. Eu vivi isso em 2022 e quase perdi todo o meu trabalho de uma vida inteira. 

A Meta (antigo Facebook) não ofereceu nenhum suporte decente, e o pesadelo me custou mais de R$6.000,00 com advogados especializados em crimes cibernéticos.

Nas redes sociais, ninguém é dono de nada.

Fomos todos testemunhas do fechamento da plataforma X (antigo Twitter) no Brasil, em agosto de 2024, após repetidas desobediências às ordens judiciais do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os prejuízos foram incalculáveis. Todos os 19 milhões de usuários tiveram suas contas bloqueadas, e muitos perderam perfis profissionais.

Além disso, somos constantemente reféns das mudanças nos algoritmos, que decidem se nosso conteúdo será visto ou ignorado, sem que tenhamos qualquer controle sobre isso.

Por que, então, uma newsletter?

Diante desse cenário caótico e cheio de incertezas, surge uma alternativa que quebra todas as objeções listadas: o simples que funciona — a newsletter.

Longe das incertezas das redes sociais e dos riscos de ter um perfil invadido por hackers, o e-mail segue funcionando com segurança desde seu lançamento, em 1971.

Livre das pressões e superficialidades, apenas em uma newsletter é possível entregar um conteúdo de qualidade, com a profundidade que ele precisa e você merece, sem estar refém da "boa vontade" dos algoritmos, totalmente independente de suas constantes mudanças.

Os números não mentem: estudos recentes mostram que a taxa média de abertura de e-mails é de 21,33%, enquanto a taxa de engajamento no Instagram é de 1,38% — uma diferença de quase 20 vezes. Ou seja, a newsletter me dá uma chance 20 vezes maior de criar conexão e engajamento com a minha audiência.

Se tem algo que gosto é de ir na contramão do senso comum, e com a minha produção de conteúdo não seria diferente.

Falar abertamente sobre HIV já é, por si só, algo revolucionário — quando o mundo espera pelo seu silêncio.

Newsletter: onde a qualidade vale mais que a quantidade.

O número de seguidores pode dar a falsa impressão de autoridade ou excelência, mas, na maioria dos casos, esses números refletem mais a vaidade do influencer do que suas reais habilidades e competências.

Em uma newsletter, não há como fugir: ela separa os homens dos meninos. As palavras escritas são impiedosas e não disfarçam as (não) competências do escritor. A verdade fica estampada diante do leitor.

Há quem se preocupe com a quantidade de seguidores, e para eles são só números, mas há quem esteja interessado nas suas maiores qualidades.

Só em uma newsletter é possível reunir pessoas genuinamente interessadas no que eu tenho a dizer, oferecendo o que elas têm de mais valioso no mundo moderno, a sua total atenção no conteúdo longe das distrações e o imediatismo das redes sociais.

Estamos entrando em uma nova era – a era das newsletters – e, mais uma vez, quero estar na vanguarda.

Como tudo vai funcionar: 1 e-mail por semana e nada mais

Este é o seu momento de desacelerar e se reconectar com a pessoa mais importante do mundo: você.

Pegue uma xícara de café, um chá ou talvez uma taça de vinho. Reserve alguns minutos para uma leitura tranquila e um mergulho profundo em si mesmo.

Eu garanto uma coisa: não vou lotar sua caixa de entrada. Apenas 1 e-mail por semana, direto ao ponto.

Além disso, os artigos também estarão disponíveis na área de assinantes na plataforma BeeHiiv, organizados como um blog para facilitar sua consulta.

Sejam muito bem-vindos e bem vindas à nova era do Pode Ser Leve, mais leve do que nunca.

Obrigado por fazer parte desta história,
Forte abraço e até mais.
Filipe Estevam
#PodeSerLeve

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