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Banheirão: algo do desejo que é indomável.
💡 Mais Leve Do Que Nunca - Edição #031
✨ Super dica: Enquanto você lê esta edição, que tal ouvir "Tá Escrito”, canção do Grupo Revelação (2006), na playlist do Mais Leve Do Que Nunca no Spotify?
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Uma sinalização muito conhecida para quem frequenta Smart Fit.
A polêmica do banheirão
Quem nunca fez banheirão não sabe o que é ousadia. Pronto, falei!
O coração batendo mais forte, o tesão falando mais alto que qualquer razão.
Você sabe que está fazendo algo errado! Flertando com o perigo, burlando as normas, correndo o risco de ser flagrado.
Sexo tem isso: um flerte sedutor com o proibido, com o perigo. Com o que é imoral e subverssivo.
Talvez essa seja justamente uma de suas delícias: satisfazer o desejo insaciável livre das amarras do recalque e da repressão.
O famoso banheirão, pra quem ainda não sabe, é a prática de sexo em banheiros públicos com ou sem penetração, não importa. Pode ser aquela boa olhada de canto, populrarmente conhecida coma “manjar rola” ou até uma punhetinha ou um mamada entre mictórios.
Comum em banheiros de shoppings, rodoviárias e, agora, numa versão mais “gourmetizada”, nos banheiros das academias Smart Fit da vida.
Banheirão também acontece nas baladas. Algumas deixam tudo rolar solto e outras você precisa ser tão discreto e habilidoso quanto um ninja para não ser notado.
E, pra quem é esperto, basta pagar “um café” pro tio que guarda o banheiro… e ele finge que não viu nada. #FicaDica.
Banheirão: um território de higiene bastante duvidosa, mas um terreno fértil para o desejo, o perigo, a ousadia, a subversão e a experimentação. Tudo junto e misturado.
Mas calma, antes que alguém romantize demais: fazer sexo em local público é crime no Brasil.
O que a lei diz? O artigo 233 do Código Penal é claro:
“Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público.”
Pena: detenção de 3 meses a 1 ano, ou multa.
Esse tipo penal costuma ser usado em situações em que não há uma vítima direta, mas há uma suposta “ofensa à moral” da coletividade. Em outras palavras: a lei protege a “ordem pública”, não o desejo.
Mesmo sendo crime, o fato é que o banheirão sempre fez parte da cultura gay, principalmente em tempos (e lugares) onde viver a própria sexualidade era sinônimo de risco.
Um comportamento que, por motivos óbvios, divide opiniões.
Num primeiro olhar, sem escuta, sem reflexão — o julgamento vem rápido:
“Gays sendo promíscuos.”
“Gays envergonhando a comunidade.”
“Práticas que só proliferam e multiplicam o HIV e as ISTs.”
Mas se a gente se permite olhar mais fundo, o banheirão revela muito mais do que promiscuidade.
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