Acho que você está fazendo merda!

💡 Mais Leve Do Que Nunca - Edição #014

Minha coleção completa com edições que você nem imaginava que exitiam.

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Madonna: Excedia os limites da decência

“Express yourself don't repress yourself”

Eu tinha só 13 aninhos quando eu descobri pela primeira vez a Madonna.

Tudo começou quando TVs e rádios não falavam de outra coisa: Madonna vinha ao Brasil com o icônico The Girlie Show, em novembro de 1993. A turnê, que promovia o álbum Erotica, chocou e fascina até hoje.

Essa turnê foi marcada pela ousadia e por temáticas provocativas, que abordam sexualidade, feminismo e liberdade de expressão — temas que chocaram na época, e que chocam até os dias atuais.

Mas que também contribuíram para consolidar a Madonna como um ícone pop, dona de uma voz e personalidade poderosas.

Era impossível não notá-la.

A rainha do pop parou o Rio de Janeiro e dividiu opiniões. Havia fãs extasiados, mas também críticos conservadores indignados. 

Um mandado de prisão chegou a ser emitido caso ela usasse a bandeira do Brasil de forma considerada "imoral".

Protestos religiosos também marcaram sua passagem, com fiéis tentando convertê-la do lado de fora do hotel.

Esse tipo de represália não era novidade para ela.

Durante a turnê The Girlie Show, Madonna enfrentou resistência em vários lugares. 

Em Israel, judeus ortodoxos tentaram impedir sua apresentação, chamando-a de "lixo humano".

Na Argentina, líderes religiosos a definiram como "blasfêmica e pornográfica", e um processo judicial tentou barrar seus shows.

Nada disso impediu Madonna de se apresentar com ingressos esgotados e de manter sua postura provocativa.

Mas muito antes disso, em uma outra turne - Blond Ambition - ela já desafiava as normas sociais.

No documentário Na Cama com Madonna, (1991) uma cena marcante mostra quando, no Japão, ela recebeu a ameaça de prisão caso simulasse masturbação durante a performance de Like a Virgin.

“Touched for the very first time”

e você sabe o que aconteceu depois?

Apesar da ameaça de prisão, Madonna não cedeu à pressão.

Durante a apresentação de Like a Virgin, ela manteve a coreografia provocativa, incluindo a simulação de masturbação no palco.

Coragem e autenticidade sempre foram sua marca registrada.

Essa atitude reafirmou sua postura desafiadora em relação à censura e as normas de moralidade e sua determinação em não comprometer sua arte e liberdade de expressão, mesmo sob risco de consequências legais.

Estes episódios são algumas das  muitas demonstrações de ousadia, coragem e autenticidade de Madonna, que sempre usou sua visibilidade para questionar normas morais e defender pautas sociais, principalmente as que se referem ao feminismo e à comunidade LGBT+.

Like a Prayer e a “Cartilha sobre Aids”

Enquanto o mundo ia para uma posição mais conservadora, com medo do sexo por conta do HIV, Madonna lança ‘Erotica’ [1992] e fala de sexo, fala sobre sua importância para a vida. Eu acho que ela tem essa coisa de liderar e tensionar as questões que são problemáticas para uma sociedade conservadora.

Renan Guerra - Jornalista cultural

Madonna, sempre revolucionária e a frente do seu tempo, falou sobre o HIV desde os anos 1980, quando a infecção se espalhou de forma epidêmica.

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